quarta-feira, 30 de novembro de 2011

1° de Dezembro





Vejo pessoas saldarem dezembro entre sorrisos e choros de alívio. Seja com alegria ou nem tanta, todos comentam o último mês do ano, no qual geralmente pensamos em tudo o que aconteceu e que suspiramos aos quatro ventos: “Nossa! Como o ano passou rápido!” É nesse momento que muitos renovam a esperança de dias melhores, pois é quando começamos novos planos, pretendendo alcançar vitórias que não conseguimos no ano que se vai, mas que temos esperança de conquistar, se não der no que vem, no próximo depois do próximo, com certeza!
Que posso mais dizer de um ano que está indo? O que esse último mês tem para mim, além de possíveis presentes dos quais não vou gostar; árvores e luzes de natal que nunca ficarão como as das vitrines; a ansiedade para que chegue aquela festa, aquela outra e mais algumas; o natal em família, o amigo oculto, a festa de ano novo? O que me resta é aguardar ansiosa até que finalmente este ano se torne mais um para ficar na lembrança e me mostrar que a vida passa muito mais rápido do que eu gostaria.
Além disso, poderia passar por aqui falando do consumismo que é incentivado nesse mês, das pobres crianças de coração partido que são sempre esquecidas pelo papai noel, da gula e de todos os outros pecados cometidos em uma época na qual deveria ser celebrado o nascimento de Jesus, e que para muitos, por também marcar o encerramento de um ciclo, deveria ser momento de reflexão...
... Enfim, poderia falar desse mês com tudo que ele traz de bom e de não tão bom assim, mas ainda prefiro sentir e sorrir para meus desejos de ano novo que não foram realizados e que agora não são nada mais que frustrações do ano velho, e ficar na expectativa das coisas que ainda poderão acontecer. Afinal, para discutir a incoerência do mundo, temos os outros onze meses do ano e fingir que tudo vai mais ou menos bem durante trinta e um dias não me faz uma pessoa ruim. Ou faz?
Prefiro ainda respirar dezembro desejando que ele me traga chuva o suficiente para lavar a alma e me deixar dormir tranquila tudo aquilo que não dormi nos onze meses anteriores, para que eu possa preparar, durante todo o mês, os meus desejos para o último dia, participando de tantas confraternizações quanto for convidada, para comer, beber, celebrar e agradecer as coisas boas e mesmo aquelas que me deixaram triste, com raiva, deprimida, desacreditada, que me balançaram bastante, mas que não me derrubaram.
 Desejo! Prometo! Acredito! Esperando não mais esperar tanta coisa do ano que vem, mas apenas torcer para que, depois de todas as emoções que dezembro carrega, o novo ano venha e que vá além de todos os desejos e esperanças em suas costas, e apenas SEJA, como todo ano deve ser, sem falsas promessas, mas com muita coisa a ser cumprida. Se for assim, o que vier será muito bem-vindo.



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